segunda-feira, 30 de julho de 2012

SIMBAD CONTRA O OLHO DO TIGRE


Sinbad and The Eye of The Tiger


É um filme de aventura e fantasia lançado em 1977. E é o terceiro e ultimo filme de Simbad que Ray Harryhausen fez a animação e os efeitos especiais para a Columbia Pictures. Foi dirigido por Sam Wanamaker.
O filme teve no inicio de sua produção o titulo de Simbad no Fim do Mundo, foi filmado em Almeria, Espanha, Malta e Jordânia.

O Trog, é uma criatura criada por Ray Harryhausen que ganhou vida através da animação stop motion.



Trog que é a abreviação de Troglodita era o elo perdido e tambem o personagem mais comovente do filme e se submeteu ao perigo pelo amor de defender seus amigos humanos de uma assombrosa ameaça.
Ray queria se distanciar de algumas criaturas mitológicas que tinham aparecido nos filmes anteriores e resolveu usar animais pré-historicos mais conhecidos.
Ele nunca tinha visto um Tigre Dentes de Sabre em um filme antes, e resolveu usá-lo nesse filme.
O Tigre foi mais difícil de animar do que os outros animais, pois ele tem a postura e o movimento suave de um felino. Por isso foi difícil para Ray animá-lo.


Por sua ferocidade, a manipulação do Tigre era delicada, se Ray mudasse demais a pelagem, a câmera registraria isso.
O Tigre é a obra prima da maturidade de Ray. Toda sua obra fala, e esta dirigida ao senso de aventura da infância e pelo amor aos contos de fadas e a fantasia.

Varias cenas acabaram não sendo incluídas, como a luta a bordo do navio em que a tripulação enfrenta uma criatura Worm, a outra cena era de uma luta entre Trog e um Arsinoitherium, uma criatura pré-histórica que parecia um Rinoceronte com dois chifres enormes que Ray tinha visto nos esboços de “Criação” de 1930-1931, em que um Arsinoitherium atacava uns marinheiros. Foi um projeto de um filme feito por Willis O’Brien que foi cancelado.

Originalmente Harryhausen tinha planejado a luta do Arsinoitherium contra o Troglodita no antigo Santuário dos Arimaspi, e mostraria a fera derrotando o Troglodita e em seguida seria pego e morreria em um poço de alcatrão quente.

E a outra seqüência que ficou de fora mostrava como o Minaton foi contruido pelos homens das sombras um tipo de criaturas zumbi, que faziam o processo de construção com um trabalho muito semelhante ao que foi feito no laboratório de Frankenstein.


Minaton


A porta de entrada para Hiperbórea foi uma homenagem de Ray aos portões da Ilha da Caveira em King Kong.


Todas as cenas de ação ao vivo na neve foram feitas na ilha de Malta.
Outra cena que acabou não sendo feita foi a luta de Simbad e sua equipe contra um Yeti no Ártico, Harryhausen queria muito fazer essa cena, mas foi rejeitada e acabou sendo substituída pela Morsa Gigante.


No modelo da Morsa o látex era tão espesso que não ficava na posição e Ray teve que cortar seções para poder fazer a animação.
O gelo que cobria o Tigre dentes de Sabre na pirâmide foi feito de papel celofane.


Ray teve um trabalho muito duro na animação stop motion desse filme. O trabalho durou de Outubro de 1975 até março de 1977.
O modelo original do Troglodita usado na animação do filme acabou sendo posteriormente desfeito, canibalizado, e a sua armação, o esqueleto, foi usado para fazer o personagem Calibos para o filme Fúria de Titãs de 1981.



Distribuição Columbia Pictures
Produtores: Charles H. Schneer e Ray Harryhausen
Diretor: San Wanamaker
Roteiro: Beverley Cross
Historia de Beverley Cross e Ray Harryhausen
Baseado em uma historia original de Ray Harryhausen
Colorido
113 Minutos
Lançado em 12 de Agosto de 1977

Filmado em DYNARAMA

Criador de efeitos especiais visuais Ray Harryhausen

O modelo do Trog que existe não é o que foi usado no filme, já os três espectros, dois Babuínos um pequeno e um grande, a Morsa, a Vespa, o Minaton e o Tigre Dentes de Sabre, todos ainda existem, assim como as duas gaiolas de tamanhos diferentes do Babuíno.



domingo, 22 de julho de 2012

A NOVA VIAGEM DE SIMBAD


The Golden Voyage of Sinbad

É um filme britânico de fantasia e aventura lançado em 1974, foi dirigido por Gordon Hessler e produzido por Charles H. Scheneer e Ray Harryhausen.
Foi o segundo de três filmes de Simbad que Ray fez a concepção visual e os efeitos especiais em animação stop motion para Columbia Pictures.

O Vale do Gwangi não fez muito sucesso de bilheteria e isso fez Charles decidir voltar para a segurança de filmes de Simbad e as Mil e Uma Noites.
Ray Harryhausen desenhou esboços para as cenas iniciais alguns anos antes.
Ele adorava misturar figuras mitológicas de culturas muito diferentes. E esses desenhos se tornariam os esboços para os seus futuros filmes, A Nova Viagem de Simbad e Simbad Contra Olho do Tigre que são a representação mais livre das suas idéias.
E mesmo sabendo que Por causa de suas crenças os Muçulmanos não põem figuras de proa nos navios e muito menos uma carranca de mulher, Ray tomou a liberdade de por uma no navio de Simbad, pois queria uma figura animada para atrapalhar a missão de Simbad.
Assim Ray fez também com que Simbad se encontra-se com um elemento incomum.
Foram viagens douradas através dos mitos do mundo. O Grifo e o Centauro vem das lendas e da mitologia.
O Grifo e possivelmente de origem Norueguesa e o Centauro vem da Grécia e antes talvez da mitologia Hindu.
E como acontece com uma grande parte de criaturas feitas por Ray, o Centauro Ciclope tem o peito bem estufado para frente e os braços para trás, o mesmo estilo do Ciclope de Simbad e a Princesa, essa postura ficou marcada como uma característica de Ray.
A primeira idéia foi rodar na Índia. Daí veio à idéia de usar Kali a deusa de seis braços. Ela ficou no filme embora esse fosse rodado na Espanha.
Para o ensaio dos seis braços com os atores, tiveram que amarrar três dublês pela cintura. E vendo aquilo no set de filmagem era uma visão bem estranha e grotesca.
Tantas mãos causaram problemas a John Phillip Law que fazia o papel de Simbad.

Algumas cenas acabaram nunca sendo feitas, como o Homúnculo que é enviado pelo maligno mago Koura ao palácio, e ao entrar no quarto do Vizir, ataca e joga acido no rosto do Vizir.
Outra sequência que também não foi feita foi o vale das víboras.
Ray sempre quis usar um Homúnculo desde as filmagens de As Viagens de Gulliver, mas só conseguiu usar a criatura nesse filme.
O nascimento do Homúnculo relembra o nascimento do Ymir à criatura de 20 Milhões de Milhas da Terra.
A luta do Centauro Ciclope era para ter sido contra um gigante Homem Troglodita, mas ele foi substituído pelo Grifon na versão final.
O Troglodita só foi usado no filme Simbad Contra o Olho do Tigre (1977).
O modelo do Centauro tem 13 centímetros de altura, um olho de boneca em sua testa e pele de Jaguatirica nas suas pernas.

Orson Wells era para ter interpretado o Oráculo do conhecimento, mas por ter uma diferença de opinião com Charles a respeito dos seus honorários acabou sendo substituído por Robert Shaw.
O famoso compositor de filmes Miklós Rózsa foi contratado para escrever a musica do filme e ficou muito chateado quando Charles cortou a orquestra em menos da metade.


Produtores: Charles H. Schneer e Ray Harryhausen
Diretor: Gordon Hessler
Distribuição: Columbia Pictures
Pais de origem: Reino Unido
Estrelando John Phillip Law, Takis Emmanuel, Caroline Munro, Douglas Wilmer e Martin Shaw
Lançado em 05 de abril de 1974
Colorido
Duração 105 minutos

Filmado em Dynarama

Criador de efeitos especiais visuais Ray Harryhausen

Os modelos de Kali, do Centauro Ciclope, do Homúnculo e a figura da carranca tanto em pé como ajoelhada, todos eles ainda existem.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

O VALE PROIBIDO



O VALE DO GWANGI  (The Valley of Gwangi)

É um filme de fantasia de 1969 dirigido por Jim O’Connolly e escrito por Willian Bast.
Foi distribuído pela Warner Bros e produzido por Charles H. Schneer e Ray Harryhausen, e também foi o ultimo filme com temática pré-histórica que teve animação em stop motion feita por Ray Harryhausen.

Em O Vale do Gwangi, Cowboys encontram uma criatura pré-histórica no Mexico por volta do ano de 1900.
Willis O’Brien foi quem desenvolveu a origem de O Vale do Gwangi, e ele trabalhou um ano nisso, mas nunca foi realizado. Tinha todos os elementos, o Dinossauro muito popular e os cowboys. Os filmes de cowboys faziam muito sucesso na época e foi assim que Ray e Charles acharam que combinar esses elementos poderiam ter sucesso.
A historia foi baseada em todas as idéias e obras de arte feitas por O’Brien. E a sequência preferida de O’Brien quando ele concebeu a idéia do filme em 1942 foi a que Ray queria mais do que tudo que se mantivesse no filme, e a sequência é a do Gwangi sendo laçado pelos cowboys. Ray sempre usou um poste de madeira que ele chamava de pau monstro durante as filmagens ao ar livre para ajudar os atores a verem o que não podiam ver. E em Gwangi ele usou o poste com um olho de papelão no topo para ajudar os atores durante a filmagem ao vivo. Mas um dos problemas técnicos foi que os atores precisavam de algo onde prender os laços na seqüência em que o Gwangi é laçado. Assim colocaram um poste na traseira de um jipe e os cowboys jogavam seus laços nesse poste.
Depois Ray levou o filme para o seu estúdio de animação e substituiu o jipe pelo Gwangi.  Ele colocou a mesa de animação em frente da projeção do filme, e em uma posição em que o modelo do Gwangi ficasse na frente do poste, e fez a animação do modelo e as cordas em miniatura para que correspondessem com as cordas da ação ao vivo. Em cada quadro tinha que animar os laços no pescoço do Gwangi e ainda os conectar ao ponto de origem.


Ray usou toda sua experiência em retratar os animais extintos a partir dos seus filmes anteriores. Os animais pré-históricos no filme foram muito bem feitos. Ray ficou quase um ano fazendo os efeitos especiais e a sequência em que o Gwangi é laçado foi à animação que mais deu trabalho.

O modelo do Estiracossauro tinha dentro uma bexiga inflável para simular que o animal estava ofegante após seu combate com o Gwangi. Esse recurso foi usado pela primeira vez em modelos feitos por Marcel Delgado e usados em filmes antigos como O Mundo Perdido e King Kong.

O elefante que aparece no filme era um modelo animado, mas Ray queria que o elefante fosse de verdade para a luta com o Gwangi, só que o elefante que chegou na Espanha vindo da Inglaterra era muito pequeno.

Animando o Gwangi e o Elefante


O filme foi chamado originalmente por O Vale onde o Tempo Parou e é o que Ray prefere chamar.
O nome de Willis O’Brien não aparece nos créditos do filme, pois ele não foi creditado no roteiro original, e isso foi um descuido que Ray se lamenta até hoje.

Produtores: Charles H. Schneer e Ray Harryhausen
Diretor: James O’Connolly
Roteiro: William E. Bast, material adicional por Julian More
Inspirado no projeto não realizado Gwang de 1941, co-produzido por Willis O’Brien e John Fala, roteiro de Harold 
Lamb e Barrye Emily
Diretor de Fotografia: Erwin Hillier
Diretor de Arte: Gil Parrondo
Editor: Henry Richardison
Musica: Jerome Moross
Lançado em 3 de setembro de 1969
Distribuido pela Warner Bros-Seven Arts
Colorido.
95 minutos
Filmado em Dynamation o milagre da tela

O Gwangi, o Estegossauro, o Ornithomimus, o Pterodátilo e a miniatura do menino ainda existem.


 Modelo Original  

 Modelo Original  


Modelo Original  
 
 
 
 
 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

UM MILHÃO DE ANOS ANTES DE CRISTO




One Million Years B.C.


É um filme de aventura e fantasia de 1966 dirigido por Don Chaffey e produzido pelo estúdio Inglês Hammer no Reino Unido. É um remake do filme de 1940. 

O filme é fantasioso na medida em que coloca na mesma época seres humanos e Dinossauros e isso foi o que Levou Ray a um passo remoto e ao seu inicio de carreira quando sua imaginação se incendiava pelo drama e as aventuras da pré-historia.
Os atores de Ray aqui, são as figuras dos Dinossauros que estão em um museu em Berlim hoje em dia, e eram anatomicamente corretas por seus estudos de paleontologia. E por ser um filme de fantasia ele era livre para juntar criaturas de épocas geológicas diferentes. Incluindo humanos que não viveram na terra junto com os Dinossauros. Em uma cena um Pterodátilo tinha que pegar Raquel Welch. Nisso Ray teve que construir uma pequena figura de Raquel Welch para poder animá-la simultaneamente com o Pterodátilo.
As cenas externas foram feitas em Lanzarote e Tenerife nas Ilhas Canárias bem no meio do inverno.
Na gravação ao vivo cavaram um grande buraco na areia, e em um certo momento Raquel Welsh se joga dentro dele para então ela ser substituida pela miniatura.
O Pterodátilo animado agarrava a figura de Raquel Welch e a levava para o céu.
Mesclar seres de épocas distintas era a maravilhosa especialidade de Ray Harryhausen.    
Esse foi um dos últimos filmes que teve animação stop motion feito por Ray Harryhausen, ele só fez mais quatro filmes após esse. E como de costume a animação dos Dinossauros foi feita no seu estúdio pessoal em Londres.

As cenas externas foram feitas em Lanzarote e Tenerife nas Ilhas Canárias bem no meio do inverno.
E como não existem vulcões ativos nas Ilhas Canárias o estúdio teve que construir um de dois metros e as explosões das erupções de lava e os fluxos da lava foram feitos de uma mistura de pasta de papel de parede, aveia, gelo seco e corante vermelho.  
                             
Produzido por: Michael Carreras
Produtor Associado: Ainda Young
Dirigido por: Don Chaffey
Roteiro: Michael Carreras
Musica de Mario Nascimbene
Distribuição Hammer Films Productions
Pais de origem Reino Unido
Ano 1966
Colorido
Duração 105 minutos

Os gigantescos Dinossauros desapareceram a pelo menos 64 milhões de anos antes da data indicada no titulo.
A data do filme pode ter sido a onde pode ter existido o Homo Erectus uma das ramificações de onde se originou o Homen moderno.

Os modelos do Alossauro, do Brontossauro, os Pterodátilos, o Archelon e a figura em miniatura de Rachel Welch ainda existem.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

OS PRIMEIROS HOMENS NA LUA



FIRST MEN IN THE MOON

É um filme de aventura e ficção cientifica do ano de 1964 dirigido por Nathan Juran. E é uma adaptação do livro Os Primeiros Homens na Lua do autor Inglês HG Wells.

Em fim Ray conseguiu filmar uma historia de H.G. Wells e não ouve atualização do livro de Wells pois a esfera espacial e a tecnologia tinham um ar vitoriano da mesma forma que Wells imaginou quando escreveu o livro em 1901.
O livro conta a historia de uma viagem a lua realizada pelos dois protagonistas, um empresário chamado Bedford que narra todos os acontecimentos e um cientista excêntrico chamado Cavor. Os dois descobrem que a lua é habitada por uma sofisticada civilização extraterrestre de criaturas com aparência de insetos que eles chamam de Selenitas.
E a única coisa que Ray fez foi colocar uma mulher como interesse romântico para um dos tripulantes, pois achou que o filme precisava de algum interesse feminino para acompanhar os dois homens. Ray disse que o titulo do filme deveria ser Os Primeiros Homens e uma Mulher na Lua.
Os habitantes da lua correspondiam fielmente a sua descrição, pois H.G. Wells dava a entender que se tratavam de homens formiga que desenvolveram inteligência e sabedoria muito antes do homem.
Foi por esses elementos que Ray desenhou os habitantes da lua iguais a formigas, uma comunidade de formigas com inteligência.
Wells também descreveu as criaturas das quais as formigas se alimentavam. Eles criavam as criaturas gigantes como os humanos criavam gado para se alimentar.

Algumas seqüências do filme ficaram de fora e mostrariam a galeria de hibernação dos Selenitas e uma galeria de incubação para os mooncalves, as lagartas e uma mariposa gigante.

Todos se lembram dos esqueletos de Simbad e a Princesa e de Jasão e os Argonautas, mas poucos se lembram do esqueleto de Martha Hyer na câmara de raio-X dos Selenitas. E esse esqueleto foi um dos usados em Jasão.
A enorme escada em que Cavor sobe para se encontrar com o líder dos Selenitas foi inspirada no filme She de 1935, quando é mostrado a rainha no topo da escada aparecer de uma parede de névoa.  

O ator Lionel Jeffries foi o Professor Cavor chefe da expedição.
Os homens da lua estudaram os forasteiros com um tipo de super raio-X. Ray não imaginou Jeffries em seus desenhos, mas o ator conseguiu captar o idealismo aventureiro de uma época mais inocente.

Foi o ultimo filme em que Fred Harryhausen pai de Ray fez as armaduras, ele morreu logo depois de entregá-las a Ray.
Frank Wells o filho de H.G.Wells chegou a visitar o estúdio e viu as filmagens. Ele ficou feliz pelo filme ser inspirado no livro de seu pai.



Dirigido por Nathan Juran
Produzido por Charles H. Schneer
Roteiro de Nigel Kneale
Musica de Laurie Johnson
Distribuição Columbia Pictures
Lançado em 20 de Novembro de 1964
Duração 103 minutos
Colorido

Filmado em Dynamation o milagre na tela.

Quatro modelos pequenos dos Selenitas, três maiores, o Grande Lunar líder dos Selenitas e a miniatura da esfera Cavor ainda existem.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

PELE E OSSO ( não realizado)

SKIN AND BONE
Existe apenas um desenho feito por Ray de um esqueleto sentado na cama e assustando uma senhora na cama ao lado. Era para ter sido um filme baseado em um romance de 1936 escrito por Thorne Smith sobre um fotografo que inventa um composto químico que o torna invisível.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

JASÃO E O VELO DE OURO



JASÃO E OS ARGONAUTAS  (Jason and the Argonauts)


É um filme de fantasia distribuído pela Columbia Pictures em 1963. Conta a historia do herói mítico grego Jasão que faz uma viagem em busca do Velocino de Ouro.
O filme é o mais lembrado de todos e considerado o melhor filme de Ray por causa de suas criaturas e particularmente pela luta com os esqueletos, todos feitos por animação stop motion.


Ray pensou em adaptar uma historia de mitologia Grega ou Romana no inicio de 1950, mas só começou a desenvolver idéias para esse projeto quando estava filmando a ação ao vivo para A Ilha Misteriosa.
Jasão e os Argonautas é o favorito, pois foi o melhor filme que já fizeram, e tendo seguências extremamente criativas. Tem a hidra de 7 cabeças e os esqueletos que saem do chão. Sequências que não da para se esquecer. São cenas memoráveis.
A figura monstruosa de Talos é apenas uma das maravilhas do filme, pois na historia original de Jasão e os Argonautas tinha um personagem chamado Talos que não era tão grande como descrito no filme. O verdadeiro media 2,5 metros.
Mas ao começar a desenhar Ray achou que seria mais perigoso se Talos fosse tão grande quanto o Colosso de Rodes. E também era uma grande chance de combinar o Colosso de Rodes com um homem de metal pois seus movimentos deviam ser rígidos pois era feito de metal.
Ray colocou o som de estalos e rangidos metálicos para as articulações para dar a impressão de que ao se esfregarem davam um som estranho.
E de tão espetacular que era, criar Talos foi bem simples em comparação a Hidra que guarda o velo de ouro. É fácil imaginar um monstro de 7 cabeças, mas animar era muito mais difícil.
A Hidra de 7 cabeças foi baseada em pinturas de vasos clássicos, mas ao desenhar Ray fez varias mudanças pois teve a idéia de torná-la uma serpente com uma cauda distinta como uma língua bifurcada de serpente e as sete cabeças foram feitas para lembrar um Dinossauro com bico curvo de um pássaro.
Todd Armstrong que fez o papel de Jasão fez a parte fácil pois ele só tinha que matar o monstro. Já Ray teve que dar vida a ela de maneira convincente com as cabeças se movendo juntas de maneira ameaçadora.
Ray disse que teve momentos que ele se arrependeu em ter criado a Hidra para o filme pois no processo de animar criou muitos problemas que ele não previa.
Primeiro: se o chamassem enquanto ele estava animando ele acabava se esquecendo qual das cabeças se movia para frente ou para trás e se outra ia para acima ou para baixo e a mesma coisa com as outras cabeças. Era uma verdadeira confusão.
Ray sempre trabalhava sozinho, fazia a animação sem ajuda. Ele trabalhava a noite no estúdio para assegurar que a luz fosse constante pois se ela variasse suas cores não corresponderiam a imagem real.
Mas a obra prima de Ray, sua seguência mais famosa é a ressurreição dos mortos em Jasão. Ray diz que os esqueletos são seus melhores amigos e fazer 7 deles foi um belo desafio. Ele hesitou em desenvolver a idéia, pois o que ele desenhou deveria sair na tela.
É uma jogada de vendedor e Ray procurava não desenhar coisas irrealizáveis.
Cada um dos esqueletos tem 5 apêndices e sete vezes cinco são 35. assim se tiver 7 esqueletos terá que fazer 35 movimentos para cada quadro.
Isso significa que se os 7 esqueletos aparecem na mesma cena Ray só podia fazer uma media de 13 quadros por dia. Isso é o que vale pouco mais de meio segundo de filme.
Ray trabalhou na animação dessa seguência por 4 meses e meio. Mas antes disso a ação real com os atores foi cuidadosamente planejada.
Os dubles ensaiavam com os atores e uma vez memorizado os movimentos os dubles saiam e os atores atacavam inimigos que não estavam vendo ate que o filme esteja terminado.


O filme foi um fracasso de bilheteria quando foi lançado pela primeira vez, mas hoje em dia se tornou e é considerado um clássico dos grandes filmes de fantasia.


Produtor: Charles H. Schneer
Diretor: Don Chaffey
Roteiro: Jan Read/ Beverley Cross
Editor: Maurice Rootes
Musica: Bernard Herrmann
Estrelando Todd Armstronn, Nancy Kovack, Honor Blackman e Gary Raymond
Distribuido pela Columbia Pictures
Lançado em 19 de Junho de 1963
Colorido.
Duração 104 minutos.


Os sete esqueletos (sendo que um deles esta faltando uma perna), a Hidra, Talos e uma das Harpias ainda existem. E recentemente foi encontrado as armaduras maiores da mão e do pé de Talos.